Colaboradores do time de Elétrica da LGSA e da Povoação Energia desenvolvem testes em módulos de controle de motores. Assim, conseguem reparar dispositivos, garantindo também economia e evitando descarte
Uma solução inovadora criada por colaboradores do Grupo tem gerado economia e elevado a eficiência para as operações da produção de energia. A iniciativa vem da equipe de Elétrica da Linhares Geração S.A (LGSA) e da Povoação Energia, situadas em Linhares, no Espírito Santo.
A concepção da melhoria surgiu de um desafio enfrentado pelo time: como garantir a excelência na continuidade do funcionamento das unidades geradoras quando os módulos de controle dos motores estiverem em teste de manutenção? Essa dificuldade era um elemento comprometedor à atividade, dada a impossibilidade de se fazer tais experimentos diretamente nos motores, o que ocasionava a indisponibilidade desses equipamentos durante a avaliação.
A saída desenvolvida foi certeira: estudando e analisando minuciosamente essas peças, a equipe hoje realiza os testes de bancada, ou seja, fora do equipamento. Enquanto um módulo é retirado para o teste, outro é colocado no lugar para manter as operações.
Quem contextualiza com mais detalhes como esse trabalho funciona é o supervisor de Elétricos e Automação da LGSA, Ailton Torres dos Santos, idealizador da mudança, que também explica o papel dos módulos nos motores das 24 unidades de geração da empresa.
“Esses módulos são empregados na parte de controle dos motores de combustão interna das unidades geradoras. Estão conectados a sensores que controlam a temperatura da água e do óleo, a pressão e a velocidade, assim como acontece em um motor de um automóvel, num comparativo mais simples. Ou seja, os módulos controlam a máquina. Fazem também a comunicação entre ela e o supervisor que a opera”, ressalta.
Como se observa, trata-se de dispositivos de alta precisão cruciais para o funcionamento de uma usina. Por isso, a alta tecnologia instalada para sua ativação é um atributo embutido quando se fala em preços de mercado.
“Esses módulos são comprados de uma fabricante fora do Brasil, em euros. A gente tinha uma certa dificuldade de adquiri-los em tempo hábil para a nossa atividade. Eles demoravam de 40 a 50 dias para chegar. E manter em estoque certa quantidade de módulos seria um custo muito alto, porque o valor não é barato. Pode passar de 22 mil dólares cada um”, acrescenta Ailton.
Foi a partir dessa necessidade que surgiu a ideia de entender o que causava a falha dos módulos para, assim, poder repará-los, diminuindo o custo anual de aquisição e elevando a vida útil dessa estrutura. E o que antes era descartado, quando registrava alguma inconsistência, agora é recuperado, fortalecendo a eficiência e eficácia e mantendo a qualidade.
“Tiramos o módulo do motor e trazemos para a sala elétrica para as análises. A gente já entende como funciona cada componente.”, destaca Ailton, complementando que o trabalho não é só reparador, mas também preventivo.
“Nas manutenções preventivas do motor, fazemos as substituições dos módulos. Nos que estão funcionando, executamos um recondicionamento e a limpeza. A peça volta para o estoque, já testada e já com selo de garantia de que funciona”, pontua.
Mais resultados
Cerca de 82 módulos já foram recuperados nestes seis anos em que a melhoria foi adotada. Vinte e cinco são módulos de segurança (ESM); 40 são módulos de ignição (WCD), 10 são módulos de alimentação (PDM) e sete são módulos de controle de ignição (CCM). Agora, o desafio é contemplar o estudo de outros módulos presentes nos motores, que apresentam sete no total.
Para Ailton, o papel da sua liderança também é envolver, neste e em outros avanços, a equipe que comanda, formada pelo técnico de Automação Everton Coléta e pelos técnicos elétricos Weslei Tessarolo, Marckos Vinicius e Kelvin Santos.
Como a planta da Povoação foi inaugurada recentemente, em 2022, ainda não há necessidade de se fazer esse serviço reparador e preventivo em específico nas suas instalações. Mas o plano, com o decorrer do tempo, é também contemplar a usina nesse trabalho.
Publicado por KICK